O problema dos 5 mil amigos do Facebook e como resolvê-lo
Houve um dia na minha vida em que atingi os 5 mil amigos do Facebook. Que chatice. Nunca mais posso ter amigos novos – pensei eu.
Deixei passar uns dias, a lista de convites foi-se acumulando e decidi tomar a primeira medida: eliminar os amigos comerciais, associativos e outros que me utilizavam como público. É um critério muito objectivo e que produz excelentes resultados.
A cena voltou à normalidade durante um par de semanas. Quando voltei a esgotar a lotação, fui mais seletivo e fui eliminando, à medida que chegavam convites, os amigos da onça. É um critério muito selectivo (que envolve pesquisa, más recordações e coisas assim) e que produz resultados modestos.
Entretanto, fui reparando que, de vez em quando, registavam-se debandadas massivas de amigos – massivas é um exagero mais assim uma meia-dúzia de cada vez.
Essas debandadas correspondiam a apontamentos meus do género "politicamente incorrecto".
Por isso, agora sempre que me deparo com dois ou três convites de amigos que quero aceitar, puxo da pistola e deu um tiro no correcto.
Estabeleci mesmo uma tabela empírica que passo a partihar.
Defender José Sócrates custa 10 amigos.
Defender o Governo Passos Coelho, incluindo a senhora Merkel, custa 8 amigos.
Defender os bancos, 7 amigos.
Defender a audimetria, 6 amigos.
Defender a RTP (excepto se for por causa da audimetria), 5 amigos.
Defender, como vêem, é a palavra chave.
Portanto, meus amigos, sempre que se quiserem ver livres de amigos desatem a defender qualquer coisa.
Porque, nesta coisa das amizades do Facebook, o melhor ataque é a defesa.