Os calendários do PSD
No almoço de ontem, um dirigente do PSD estava a mostrar no blackberry o calendário de iniciativas mediáticas de Rui Rio.
O novo pré-candidato da linha do PSD que foi derrotada nas últimas eleições (legislativas e internas) vai realizar uma série de “arenas” com protagonistas marcantes da vida nacional até à data das próximas eleições do seu partido.
Esta iniciativa dá corpo e institucionaliza o cenário que já estava a ser desenhado, nas últimas semanas, através de múltiplos sinais nos media: temos o Governo PS, a Oposição PSD e a Oposição à Oposição PSD.
Não é a primeira vez que tal ocorre. Aliás, infelizmente para o PSD, é uma normalidade. Uma fatalidade.
O interessante é que, no cenário actual, a estratégia de paciência que Pedro Passos Coelho se impôs a si próprio pode vir a tornar-se no principal aliado da estratégia de Rui Rio.
Rio tem tempo e vai aproveitá-lo.
Passos Coelho tem gerido o Partido à procura da segurança possível na (re)conquista do Governo e, com isso, parece ter aberto uma vaga precoce para a sua sucessão.
O calendário de Rio só não faz sentido se o calendário de Passos Coelho tiver menos meses.
Será que Rio vai acelerar a queda de Sócrates?