O Emmy para a produção da TVI e a visão de António Parente
Neste momento de orgulho face ao Emmy para "Meu Amor", é da mais elementar justiça convocar a presença de António Parente, o empresário que soube investir com visão e carinho na produção de novelas em Portugal. É a ele que se fica a dever a criação e o desenvolvimento da produção "industrializada" de ficção nacional para TV.
Quis o acaso que a LPM tivesse sido contratada para promover a primeira dessas novelas da NBP, "Desencontros", se não estou em erro, e, depois desse projecto, várias vezes, ao longo de duas dezenas de anos, me tenho cruzado profissional e pessoalmente com António Parente e o seu trabalho.
Do nada soube criar uma indústria. Do amadorismo construiu um profissionalismo exemplar. Da diletância ergueu o rigor. Do improviso nasceu a determinação.
A dada altura, mas não há muito tempo, Parente vendeu o resto do capital que ainda detinha na NBP (agora, Plural) e partiu para outra, continuando a produzir novelas e outras ficções em plataformas empresariais diferentes.
Mas, embora desligado da Plural, merece, mais do que qualquer outro, ser incluído neste "Momento Emmy".
(O recorte é do Diário de Notícias)